Publicado por: institutokabu | junho 17, 2011

Dias 12 a 15.01 FUNAI + Instituto Kabu – Coordenação Técnica Local de Novo Progresso-PA – Retirada de garimpeiros da Terra Indígena Bau

Dias 12 a 15.01 na Terra Indígena Bau, o Instituto Kabu juntamente com a FUNAI – Coordenação Técnica Local de Novo Progresso-PA, executaram definitivamente suas ações da retirada de garimpeiros da Terra Indígena Bau. O alvo deste trabalho foi promover a retirada desses garimpeiros como uma forma de cumprir uma condicionante do PBA (Programa Básico Ambiental de mitigação de impactos ambientais) da BR-163 executado pelo Instituto Kabu, visando não acontecer atividades ilegais nas Terras Indígenas enquanto existir o programa. A FUNAI, principal parceira do Instituto Kabu apoiou financeiramente este trabalho conseguindo combustíveis para deslocamentos terrestres e aquáticos e viabilizando técnicos para fazer o acompanhamento. Coube ao Instituto Kabu com o apoio das organizações parceiras e governo brasileiro apoiarem a realização completa desta missão, que afinal teve profundo cunho educativo, os agentes Kayapó cumpriram à risca as orientações da Coordenação de Gestão Ambiental da FUNAI Brasília, tendo em vista que não se poderia tomar nada, subtrair nenhum objeto dos infratores durante a vigilância. Outro ponto importante foram orientações para dar prazo aos garimpeiros se retirarem da área, advertindo-os que a área seria monitorada novamente em qualquer tempo e os objetos deles seriam retidos caso permanecessem na área. A segunda orientação foi mais difícil dos Kayapó obedecerem, pois os mesmos solicitaram retiradas imediatas dos garimpeiros, explanaram isso para os mesmos com muita determinação, explicaram que suas atividades estavam lhes prejudicando, que estavam tirando suas oportunidades. No rio Curuá onde encontraram 02 grandes balsas se sucção. Um dos quesitos positivos dessa expedição foram as participações de todas as aldeias (Kubenkokre, Pykany e Bau), lideranças, técnicos, com o compromisso de cumprir com os atos constitucionais relacionados com a proteção das Terras Indígenas. Um dos quesitos negativos foi a impossibilidade de realizar pousos de aeronave em garimpos de pistas curtas, pois devido ao mau tempo (chuvoso e nublado) e risco para pouso, foi possível pelo menos registrar as coordenadas de cada local. Todo este trabalho gerou um relatório que o Instituto kabu encaminhou para FUNAI, lideranças discutiram com o presidente Marcio Meira e a CGGAM, buscando solução definitiva para os garimpos que estão em terra firme, solicitaram uma operação similar à executada na Terra Indígena Kayapó, área de Gorotire. Recebeu do presidente a promessa de que a FUNAI e o IBAMA estariam planejando uma operação especial conjunta com o propósito de somar esforços junto às comunidades para extirpar a atividade garimpeira definitivamente da TI Bau. O Instituto Kabu e a FUNAI CTL de Novo Progresso, junto das comunidades de Kubenkokre e Pykany, as mais prejudicadas com a paralisação do PBA, continuarão articulando com a comunidade de Bau propondo novos meios de sobrevivência e alertando-a que se houver continuidade do garimpo mecanizado, um dia a situação pode trazer complicações sérias em detrimento de a atividade ilegal ser absolutamente inaceitável.


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